1.º Não gosto de futebol; enquanto desporto em si é apenas mais um, que acontece ser imensamente popular e que acontece eu não gostar.
2.º Mas ainda menos gosto dos a quem eu chamo "os futeboleiros". São a horda que compra pelo menos um dos 3 jornais diários sobre futebol (e não, não são desportivos) e que é, salvo poucas excepções, absolutamente incomodativa - discutem os "acontecimentos" aos berros nos mais diversos locais públicos como se o que dissessem fosse a única coisa que importa na vida das pessoas.
São a maioria das vezes broncos que se tornam mais ou menos perigosos, de acordo com o nível de educação social e álcool/drogas ingeridos e são o protótipo da intolerância, pois apenas admitem a militância pelo seu clube. Não é por acaso que as organizações neo-nazis escolhem este meio para recrutarem a sua base de apoio.
E isto leva-me às claques, monturo parido por este mundo fétido, bandos e escola de criminosos e sociopatas, como se tem verificado nos últimos anos.
3.º Os futebolistas são demasiado bem pagos (eu bem sei que é o mercado a funcionar) para a utilidade social que têm - estão ao mesmo nível dos saltimbancos (já não os há), actores, comediantes e palhaços. Porventura consomem um pouco mais do a esmagadora maioria mas ainda assim o seu peso na economia não é significativo.
Há algumas excepções, de pessoas que se tornaram úteis à sociedade mas são muito poucas.
Pergunto-me como farão os clubes para arranjarem tanto dinheiro... pessoalmente acho que mesmo os clubes ditos "milionários" e que de facto têm uma operação comercial lucrativa bem montada e à escala mundial lavam dinheiro demasiado sujo - tráfico de armas, droga, pessoas, diamantes e por aí afora.
4.º Interrogo-me porque carga de água há-de alguém ficar assim tão "escamado" com a minha indisposição com o jogo da bola, a ponto de lhe chamar "ódio" (palavra muito forte).
5.º O CR7 não me aquece nem arrefece, se é de facto o melhor ainda bem, que ele é mesmo esforçado e persistente - admito que pegar por este lado da questão seria mais útil às gerações mais novas, sempre impressionáveis.
Quero dizer que deveria ser aproveitado este facto de o fulano ter ganho o prémio (que o Luís Figo já ganhou também) e mostrar que só com muito esforço, dedicação e persistência se pode aceder aos lugares cimeiros da sua "arte" e que mesmo assim o sucesso estratosférico não é garantido. Deveria aproveitar-se e fazer o paralelo com os muitos investigadores e cientistas portugueses que por cá e no estrangeiro dão cartas no seu ramo de actividade, mas aqui é mais difícil, senão impossível, dizer quem é "o melhor" dada a extrema complexidade dos campos do Saber - arredados da esmagadora maioria dos "futeboleiros".
6.º Para rematar: o futebol em Portugal é como uma Religião e como tal é quase sempre muito complicado falar dele sem que apareçam a berrar por aí os seus fundamentalistas das mais diversas facções... não há discussão possível a nenhum nível salvo e só se for apenas pela concordância com essas bestas quadradas (que é o que um fundamentalista é).
Estes boçais reagem do mesmo modo às pessoas a quem o futebol diz menos que cascas de amendoim (que se podem aproveitar como biomassa – são uma boa fonte de combustível) como os Crentes reagem perante os Ateus ou Agnósticos; o facto de haver alguém que não acredita ou que no mínimo questiona racionalmente a sua Verdade incomoda-os mais do que aqueles que professam outra Verdade (mágica) diferente... é que estes podem (eventualmente) serem “convertidos” à Verdade mais verdadeira, ao passo que aqueles pura e simplesmente não se deixam enganar ou convencer.
A todos os futeboleiros; vão bardamerda.
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