Palavras sábias

Vital Moreira, no Público de hoje:

‘O problema de Manuel Alegre está evidentemente no eleitorado flutuante do centro político, cuja inclinação determina o resultado de todas as eleições. Parece evidente que ele não está nas melhores condições para atrair esses eleitores, que não gostam de propostas radicais e que prezam a estabilidade institucional e a previsibilidade nos inquilinos de Belém. O simples facto de Alegre se ter deixado cooptar pelo Bloco de Esquerda - que ao contrário de há cinco anos abdicou mesmo de uma candidatura própria logo à partida - é um fator negativo. Há ligações que comprometem. Quanto mais tempo Alegre demorar a distanciar-se do BE e a enveredar por um discurso político mais apelativo para os eleitores moderados, mais compromete as suas possibilidades, já de si escassas, de chegar a Belém.’

via Câmara Corporativa

in some sort of a not so strange somber mood

Para ilustrar, Jeff Buckley:

Lover, You should've Come Over


Looking out the door, I see the rain
Fall upon the funeral mourners
Parading in a wake of sad relations
As their shoes fill up with water
Maybe I'm too young
To keep good love from going wrong
But tonight, you're on my mind so
You never know
Broken down and hungry for your love
With no way to feed it
Where are you tonight?
Child, you know how much I need it.
Too young to hold on
And too old to just break free and run
Sometimes a man gets carried away,
When he feels like he should be having his fun
Much too blind to see the damage he's done
Sometimes a man must awake to find that, really,
He has no one...
So I'll wait for you... And I'll burn
Will I ever see your sweet return?
Oh, will I ever learn?
Oh, Lover, you should've come over
Cause its not too late.
Lonely is the room the bed is made
The open window lets the rain in
Burning in the corner is the only one
Who dreams he had you with him
My body turns and yearns for a sleep
That won't ever come
It's never over,
My kingdom for a kiss upon her shoulder
It's never over,
All my riches for her smiles when I slept so soft against her...
It's never over,
All my blood for the sweetness of her laughter...
It's never over,
She's a tear that hangs inside my soul forever...
But maybe I'm just too young
To keep good love from going wrong
Oh... lover you should've come over...
Yes, and I feel too young to hold on
I'm much too old to break free and run
Too deaf, dumb, and blind
To see the damage I've done
Sweet lover, you should've come over
Oh, love, well I'll wait for you
Lover, you should've come over
'Cause it's not too late

Maldição!

(ler como interjeição enérgica)

Quando menos se espera, pimba!
Não, não foi a inquisição espanhola.
Foi um bloqueio de "escritor"!
(escritor aqui é num sentido muito, muito lato).
E tenho que acabar a porcaria do relatório até ao fim do dia!
DAMN!

Hoje acordei assim

I am Jack's lack of enthusiasm

Repostagem oportuna

Republico aqui a "Semanada" desta semana do blogue "O Jumento" , já aqui tantas vezes repostado  e um dos blogues "políticos" que mais aprecio juntamente com a/o Jugular, o Aspirina B , o Câmara Corporativa e ainda o Ponte Europa - mas há mais....

"Apesar de Cavaco Dizer que não pensa nas presidenciais e de Alegre evidenciar que não pensa noutra coisa esta semana foi marcada por manobras dos candidatos e dos seus apoiantes e promotores.

A primeira manobra de campanha pertenceu a Cavaco Silva que terá escrito um artigo e mandou o Lima de Belém assinar ou terá sido mesmo o Lima a escrever, mas inspirado na estratégia eleitoral de Cavaco Silva. O artigo do assessor de Belém, publicado no Expresso, evidencia a preocupação da candidatura de Cavaco com a manobra falhada nas eleições presidenciais, que se veio a saber ter sido uma manobra conspirativa promovida a partir de dentro do Palácio de Belém. Ao manter Lima como assessor Cavaco assumiu a co-responsabilidade e sabe que esta será uma grande nódoa na sua candidatura, com o artigo pretendeu-se branquear o assunto, esgotando a sua discussão muito antes das eleições.

Louçã que nas últimas presidenciais não conhecia os valores ideológicos de Manuel Alegre, que na época era, como se sabe, um ilustre desconhecido, decidiu adiantar-se no apoio ao candidato da cidadania, ainda antes do anuncio da candidatura e de saber qual o programa. Percebendo que Manuel Alegre pode vir a ter o apoio formal do PS o líder da extrema-esquerda antecipou-se fazendo de Alegre o seu candidato. Isso significa que vamos ter um PS a apoiar o candidato do Bloco de Esquerda? Não, Alegre sabe que tem de se desparasitar do BE e antecipando-se ao afastamento do candidato Francisco Louçã pretende capitalizar as mais-valias ganhas com os devaneios do poeta fazendo dele o seu candidato à força.

Cavaco viu no orçamento a forma de matar três coelhos com uma cajadada, promovendo a sua candidatura presidencial ao mesmo tempo que vai dizendo que o assunto não o preocupa, dar ares de quem ajuda Sócrates, dá um pequeno empurrão na credibilidade de Manuela Ferreira Leite e chama a si a paternidade de um orçamento capaz de afastar a crise financeira. Preocupado em chamar a si os louros fez como Louçã e capitalizou antecipadamente as mais-valias dizendo que tinha a certeza de que iria haver acordo orçamental. Ficou evidente que contava com a obediência de Manuela Ferreira Leite que acabou por fazer figura de parva, ficou evidente que a decisão do PSD estava traçada desde a primeira declaração do seu candidato presidencial.

Condicionada pela estratégia de Cavaco Silva a líder do PSD foi o único líder partidário a negociar com o ministro das Finanças e quando se apercebeu da subalternização pediu uma reunião com José Sócrates. Acabámos por ver uma Ferreira Leite toda contente por estar a ser recebida com José Sócrates, é por isso que enquanto Portas foi a São Bento e só foi visto no carro, com Ferreira Leite a reunião teve direito a fotografias e vídeos com Ferreira toda inchada no sofá enquanto Sócrates fazia cara de frete.

Apercebendo-se da manobra de Cavaco Silva o líder do PSD foi mais esperto que Ferreira Leite, adiantou-se nas negociações e no momento exacto inventou um impasse e chamou a si o protagonismo, todos esqueceram o PSD e as atenções centraram-se em Portas sem que este se exibisse à comunicação social. Quando Ferreira Leite se apercebeu foi tarde, o negócio entre Sócrates e Portas estava quase concluído, as negociações com o PSD perderam importância e Cavaco passou a dizer que contava não só com a aprovação mas também com um apoio parlamentar mais alargado. Mais uma vez Porta revelou ter mais inteligência do que todos os lideres do PSD junto.

Manuel Alegre, o único candidato mais ou menos assumido, manteve-se em silêncio, para o poeta essa coisa de orçamentos e políticas económicas são preocupação de gente como o Cavaco. Para ele o país deve ser gerido com poemas, romantismo e copos de vinho tinto."


sempre que ouço esta versão fico sem palavras

Relatório de estado, adenda

Hoje estou a postar por e-mail, não me apetece abrir o blogue.
Penso que o preciso reformar, no sentido de o renovar, não sei, dar-lhe uma outra tónica, procurar ser mais original, profundo... ou então não.
O facto é este espaço retrata uma parte daquilo que eu sou e da qual eu gosto mas que nem sempre me apetece alimentar ou dar-lhe protagonismo.
Por isso mesmo vou continuar ali no café ao fundo da rua e volto daqui a bocado.

Relatório de estado

Semi-ausente por manifesta falta de inspiração, alguma falta de vontade e, acima de tudo, falta de tempo.
Retomarei as postagens e responderei às amabilidades dentro de momentos.
Não, o blogue não está em hibernação ou suspensão criogénica. Nem sequer de férias.
Venho já, vou só ali tomar café ao fundo da rua e volto a correr.

Mais pulhices

Desta vez com ligação directa a um post do Carlos Esperança no mui recomendável Ponte Europa.

O Pulha

Dedicado a «O palhaço», de Mário Crespo, insigne jornalista e honrado cronista
Artigo escrito em 14/12/09 no Jornal de Notícias on-line.

O palhaço do Mário Crespo desapareceu do JN, na Internet, mas foi registado em vários blogues e encontra-se por aqui e por ali, levando-me a escrever «O pulha» e a imitar-lhe as ideias, o estilo e o carácter.

O pulha é um invertebrado que procura na ofensa a catarse do ódio e da frustração, que, adorando a ditadura, se serve da democracia, que molda com o esterco de que é feito os contornos dos bonecos que cria, que usa adjectivos para substituir as vértebras que lhe minguam e se antecipa a chamar aos outros o que é.

O pulha diz dos outros o que sabe de si próprio. O pulha coloca opiniões nos jornais a fingir que são notícias e é pago pela baixeza própria através das baixezas que imputa aos outros. O pulha adora que o acreditem e que as mentiras se transformem em dúvidas e as calúnias em incertezas.

O pulha é um serventuário que evita denunciar as avenças de que vive, o biltre que usa a liberdade para a atacar, que atribui aos outros o nojo que é, fazendo passar por factos as intrigas que tece e por verdades as calúnias que divulga.

O pulha é um professor dispensado da docência para insultar a mãe de um ministro ou o escriba em comissão de serviço num órgão de comunicação para corroer a democracia.

O pulha não nasce pulha. Faz-se, cresce e engorda com os detritos que bolça. Regurgita insultos criando retratos à sua imagem, acoimando de patifes os que inveja. É um filho de uma nota de cinco euros e da lascívia do acaso. O pulha é invejoso e vingativo.

O pulha vive na clandestinidade de um grupo partidário, nos meandros das máfias, nas estrebarias da insídia, aproveitando a calada da noite para arremessar a quem odeia as pedras de que se mune. Pode levar vida normal, aparecer na televisão e ter guarida num jornal; atira pedras e garante que está a ser agredido, incapaz de esquecer a sinecura que lhe negaram ou o cargo com que sonhou.

O pulha escuta os outros e diz que está a ser escutado. É um alcoviteiro e mentiroso. O pulha necessita de plateias cheias. Absolutas. O pulha é totalitário. O pulha é quem nos causa vómitos. O pulha leva-nos a descrer da democracia. O pulha escreve nos jornais e fala na televisão. O pulha torna-nos descrentes. Um pulha é sempre igual a outro pulha. E a outro. E são todos iguais. O pulha assusta porque é omnipresente e ataca sempre que pode. Seja a dar facadas nas costas dos eleitos, seja a criar ruídos de fundo, processos de intenção ou julgamentos sumários. O pulha é ruído de fundo e gosta de ser isso. E baba-se de gozo. Por narcisismo. Por ressentimento. Por ódio. Sabendo-se impune.

O pulha é um cobarde impiedoso. É sempre perverso, quando espuma ofensas ou quando ataca políticos. O pulha não tem vergonha. O pulha ouve incautos úteis e senis raivosos e tira conclusões. Depois diz que não concluiu e esconde-se atrás do que ouviu. O pulha porta-se como um labrego no jornal, como um boçal na televisão e é grosseiro nas entrevistas. O pulha é um mestre da pulhice. O pulha não tem moral. Por isso, para ele, a moral não conta. Tem a moral que lhe convém. Por isso pode defender qualquer moral. E fingir que tem moral. Ou que não a tem. O pulha faz mal aos outros. E gosta. E depois faz-se de sonso. O pulha rouba a honra que não tem e que dispensa.

O pulha é um furúnculo que há-de acabar como todo o mal. É uma metástase de um cancro que vive para corroer a democracia. É um conjunto de células malignas que se multiplicam no papel impresso e o esgoto que circula pela Internet a céu aberto.

O pulha é o talibã que fere e mata mas larga os explosivos depois de esconder o corpo. O pulha não é monárquico nem republicano, de esquerda ou de direita, ateu ou crente, é o verme que se alimenta da baba que segrega, do ódio que destila e das feridas que escarafuncha.

Um dia habituamo-nos ao pulha.

Pensamento não muito ocioso

Há pessoas que são quase como os Dementors do Harry Potter.
Carregam sempre uma aura sombria, como se tivessem uma espécie de sombra portátil atracada. A sua simples presença aumenta os níveis ansiedade geral e diminui a boa disposição dos restantes presentes.
Mesmo quando se esforçam por serem simpáticas e até se sintam eventualmente felizes, estas pessoas como que arrefecem o ambiente. Pior é quando falam de modo meio solene e quando o seu tom de voz é soporífero sem ser calmante.
Não têm culpa e a maioria desconhece (eventualmente alguns desconfiam) este seu efeito.
Não sei bem o que pensar e muito menos dizer sobre isto.

Definições definitivas


pulha
s. 2 gén.
1. Pessoa sem brio, bandalho.
s. f.
2. Dito que se dirige cavilosamente a uma pessoa para que ela caia em fazer uma certa pergunta à qual se responde alguma coisa equívoca ou escarnecedora.
3. Gracejo.
4. Peta; mentira.
5. Reg. Logração, embaçadela.
6. Dito chulo.
adj. 2 gén.
adj. 2 gén.
7. Relaxado, desmazelado.
8. Vil, desprezível, torpe, indecente.

(inspirado num post do João Galamba no Jugular)

Gosto desta Palavra

verrina
(latim verrina, -ae, singular de verrinae, -arum, discursos de Cícero contra Verres)
s. f.
  1. Cada um dos discursos feitos por Cícero contra Verres.
  2. Por ext. Ataque violento contra alguém.
  3. Crítica áspera na imprensa ou na tribuna.
  4. Censura, acusação acerva.

verrinar - Conjugar
(verrina + -ar)
v. intr.
  Fazer verrina ou crítica apaixonada.


Aforismo ou algo assim do género

Há pouca gente mais injusta do que uma pessoa com um elevado sentido de "self-righteousness"
(desculpem lá mas não consigo arranjar uma expressão portuguesa equivalente)

A vida em directo

Assisto em directo ao desenrolar de um micro drama familiar alheio. Uma das partes vai chegar ao fim do dia com um sentimento profundo de injustiça. Tem, parcialmente, razão. Não lhe adianta nada, contudo. Sofrerá as agruras da pena que lhe foi sumariamente aplicada e uma parte do seu carácter será moldada sobre este acontecimento. 
Ou então não. Nunca se sabe ao certo que acontecimentos nos marcam verdadeiramente. Creio que todos, uns mais do que outros.

Ouvi uma vez alguém dizer que um bom juiz deveria "julgar e aplicar o castigo a um condenado como um pai justo julga e aplica o castigo a um filho", ao melhor estilo abraâmico. Face ao que aqui vi hoje, tremo só de pensar...

E porque hoje é sexta

E já que não chove nem faz orvalho, aproveito para lançar uma maldição sobre a Microsoft e mais o seu modo atabalhoado e prepotente de ser e fazer as coisas.
Que mil falos os penetrem enquanto são consumidos por um fogo de enxofre e trampa de gato.
Ou então resolvam fazer aquilo que é sensato - o que funciona num SO anterior, funciona num SO posterior ou actualizado by default.

Absofuckinlutly Hilarious!!!

Descobertas

Topei com uma citação deste autor por acaso, via  Der Terrorist (um blogue que vale a pena seguir, está ali ao lado na coluna). Não fazia a mínima ideia da sua existência até hoje. Fiquei curioso e quero saber mais.
Alguém a quem a Inteligentia religiosa - leia-se católica - da altura considerava perigoso só pode ter sido uma grande pessoa.
Palpita-me que este é mais um daqueles Grandes Portugueses que, por razões claras ou obscuras, quase ninguém conhece.

Hum... nunca tinha pensado nisto...

Are your loved ones plotting to eat you?
Created by Oatmeal

NOW!!!

O conteúdo anterior foi removido pelo autor deste blog.
O autor deste blogue encontrava-se em casa sozinho e entediado e, na altura, achou que o conteúdo anterior tinha montes de piada. O autor deste blogue não estava bêbado mas estava, com certeza, parvo. 

Assim sendo o autor deste blogue decidiu remover o conteúdo anterior e decidir ser um bocadinho mais parcimonioso com as coisas que coloca neste blogue.

Parem tudo o que estão a fazer, vocês têm de ver isto:

Plus, they taste good...


Que fique bem claro

Eu não acredito de todo em superstições e coisas do género.
O post anterior é apenas uma pequena futilidade minha.

Exibo aqui o meu protesto

Há já quase três anos que finalmente me mudei para uma casa (apartamento) "minha" (é do banco na verdade) e ainda ninguém me ofereceu um Ganesha ou um Buda para dar Boa Sorte.
Humpf!

Coisas que eu gostava de ver a acontecer em VinteDez

Faltam é os mercados onde o fazer - o Bolhão, com o Sr. Rio, já era e na cidade não sobram outros e não estou a ver os inefáveis Modelo/Continente, Aucham e quejandos a alinharem numa coisas destas...