Genial, hilariante, fantástico

Este post do Womenage à Trois, da autoria do Mouro da Linha

Aqui ao pé de casa havia uma pequena pastelaria, coisa asseada e digna, onde geralmente íamos tomar o fumegante alento matinal de cada jornada quotidiana. Era propriedade de um jovem casal alentejano. Ele, ensimesmado e sem história nem assunto, com um ar até resignado; ela, garrida criatura loira, espécie de Mariah Carey ainda mais suburbana que a original, que não fazia mistério do seu fascínio pela parte masculina da Humanidade, e geralmente se ataviava de modo a chamar-lhe a atenção: blusas ostensivas, jeans de número abaixo, botas de franjinhas e brilhantes ou sapatos a dar para o agulha.

Há tempos, e sem qualquer aviso prévio, a pastelaria apareceu fechada. Cá por casa, a coisa intrigou-nos, pois nada o fazia prever. Tivemos que mudar de escala matinal. E assim continuou.

Hoje, a nossa prestimosa vizinha Dona Alzira, alma atenta ao mundo em redor, apanhou-nos na escada e revelou-nos o mistério:

Então foi que a rapariga se terá metido com o marido de uma cabeleireira quase adjacente. Esta, brasileira, descobriu o enrolo e é que não vai de modas: no dia seguinte, à hora do almoço, pastelaria cheia de comensais, irrompe pelo terreno inimigo, acareando a messalina.

Não temos relatos precisos da ocorrência, mas terão soado clamores de “Vem cá vagabunda, cê num tem homincasa não, sua sem vergonha?” Foi, de fonte segura, um tal arraial que a freguesia debandou, guardanapo entalado e bitoque por comer, como se um terramoto se abatesse sobre a zona. Ninguém pagou a conta, perante a patente falta de condições para tal. Tudo acabou logo ali, em refrega de lota pesqueira, estilhaçar de loiça e rasgar de roupa suja. Na deriva do pandemónio, a locanda correu taipais e já nem serviu lanches.

Do casal não tenho notícia. Parece que a adúltera foi recambiada para o Alentejo. A cabeleireira voltou a aviar extensões, bufando dignamente de fúria. E eu passei o dia de hoje relativizando a maioria das mesquinhas questões materiais da vida diária, pois percebi que ela tem coisas muito mais importantes, fascinantes e eternas.

A pastelaria reabre brevemente, com nova gerência.


música: Não venhas tarde

Quando derem por ela, irá ser demasiado tarde.

Este senhor, que não trabalha há mais de 20 anos mas recebe o salário por inteiro como se o fizesse - andamos todos a pagar a actividade sindicalista que a muito poucos diz respeito - é de uma desonestidade intelectual e moral como só os membros do Politburo do PCP conseguem ser... ainda mais do que o Avô Boca-Doce (para quem não sabe é o camarada Secretário-Geral da agremiação - uma vénia e respeitosa homenagem ao autor deste epíteto) pois tem um bocado mais de formação académica (a cívica é que deixa a desejar).

Depois não é assim um estratega genial, qualquer pessoa de inteligência média e algum conhecimento geral do Mundo já se apercebeu das "voltas" que está a dar e onde quer chegar.

Menos os professores que de tão "santos" que se sentem, são absolutamente ingénuos e manipuláveis.

Clube dos Pensadores preocupado com situação no futebol

"Clube dos Pensadores preocupado com situação no futebol"

Se fossem mas é pensar em alguma coisa de jeito e deixassem de pensar em merda até podiam ser levados a sério.

Mais outra, fantástica, pelo mesmo Jeff Buckley

Surpresas vespertinas

Um dos mais singelos textos postados num blogue que tive a oportunidade de ler nos últimos tempos, aqui, no absolutamente recomendável A Causa Foi Modificada
O Maradona é o maior!!!

Adenda:
Não quero que pensem que me importo com o que se passa em Lisboa ao nível da vidinha local; estou-me bem cagando para eles.
Apenas gostei da frontalidade e clarividência do autor do blogue, que insisto em recomendar.

E depois há "aquilo" que separa os muito bons ou até quase virtuosos dos verdadeiros Génios

I have a feeling that drinking is a form of suicide where you’re allowed to return to life and begin all over the next day. It’s like killing yourself, and then you’re reborn. I guess I’ve lived about ten or fifteen thousand lives by now.

- Charles Bukowski

Desilusões Matinais

O 5 Dias está uma autêntica cloaca.

É pena.

Surpresas matinais

Encontrei este singelo poema que é de uma profundidade e exactidão tal na descrição de um problema que também me afecta que tive de o repostar aqui - com a devida vénia à autora/postadora original, que podem ir ver ali ao lado, n' O Zero Absoluto (para os menos entendidos nestas coisas da Física é o -273,15 ºC).

poema bulímico
© Ana,


Sei que não estou em mim
a comer uma bola de Berlim

Toca o sinal de alarme
quando peço um folhado de carne

E sinto-me quase de rojo
a engolir comida mete nojo

Mas na verdade não quero vomitar
só enfardar, enfardar, enfardar

Sweet Jane (update)

Os Cowboy Junkies são uma daquelas bandas muito conhecidas mas que não são "Famosas".
A voz absolutamente de arrepiar, quente, melífula, melancólica da Margo Timmins faz-me disparar um turbilhão de emoções, remete-me para amores conquistados e perdidos ao longo dos anos e o sabor agridoce que a sua memória trás... lembra-me ainda das viagens de carro ao fim do dia, pelo pôr-do-sol e para a minha sempre presente solidão e melancolia.
Esta versão de um original do Lou Reed ultrapassa de longe todas as outras e é das minhas músicas preferidas de sempre.

E agora um momento de descontração

A minha geração produziu pais que são uma vergonha

Paranóicos, controladores e psicóticos... competem uns com os outros através dos filhos, projectando a um nível muito superior ao que o fizeram os nossos próprios pais, as suas frustrações relativas ao sucesso académico e profissional.
Mas a vertente controladora é assustadora, imoral e vergonhosa.
Leiam este artigo de opinião ( e sigam os linques), que explana de modo claro aquilo que se passa:

"Velhos temas que me provocam alergias", no mui recomendável Jugular

Ainda sobre o espírito "democrático" dos comunistas

Para os menos informados, é deste tipo de atitudes "democráticas" que o PCP admira e nas quais se inspira:

"O Presidente da Ucrânia, Victor Iuschenko, lançou um apelo à comunidade internacional para condenar os crimes do regime soviético.
“Hoje, estamos unidos pela memória sobre uma das maiores catástrofes da história da humanidade e da vida da Ucrânia”, declarou Iuschenko, em Kiev, durante as cerimónias comemorativas do 75º aniversário do Holodomor, fome artificialmente provocada pelo ditador comunista José Estaline, nos anos 30 do séc. XX, com vista a obrigar os camponeses a aderir à colectivização.
O Holodomor, também conhecido por “grandes fomes” vitimou numerosos milhões de pessoas na Ucrânia, Rússia,Cáucaso e Cazaquestão.
Discursando perante quase 50 delegações internacionais, bem como os presidentes de vários Estados da antiga União Soviética: Geórgia, Polónia, Letónia e Lituânia, Iuschenko acrescentou: “A fome foi escolhida como arma de submissão do povo ucraniano. O objectivo era enfraquecer a Ucrânia, minar as suas forças e, desse modo, liquidar a possibilidade do restabelecimento do Estado independente”.
“Foram exterminados sem piedade milhões de inocentes, metade dos quais eram crianças. Ao mesmo tempo, foram liquidados intelectuais, escritores, cientistas, professores, sacerdotes, todos os que pudessem contrapor a mais pequena resistência intelectual”, frisou.
Segundo Iuschenko, “o regime comunista, durante décadas, tentou matar também a memória sobre as vítimas da tragédia. Todas as recordações sobre a tragédia foram proibidas e severamente castigadas”.
“O mundo não ouviu a nossa voz, a nossa dor, o nosso grito. Recordamos com uma dor ainda maior a política da neutralidade moral e de não ingerência dos maiores países do mundo nessa altura”, declarou.
O Presidente da Ucrânia agradeceu a todos os Estados e organizações internacionais que consideraram o Holodomor de 1932-1933 um acto de genocídio contra o povo ucraniano.
“Em nome do Estado ucraniano, apelo a todos os povos que se unam para julgar o regime totalitário comunista. Apelo a condenar quaisquer tentativas de reabilitar e justificar os crimes de Estaline e dos seus carrascos”, sublinhou, enumerando, depois, todo um rol de crimes do regime comunista soviético."

Via "Da Rússia"

A ser verdade é extremamente grave

E diz muito sobre a "cultura democrática"actual dos nossos professores e sobretudo diz ainda mais sobre os preceitos "democráticos" de quem os manipula (são aqueles que admiram e se vêem nas calças com as "democracias" exemplares de Cuba, Coreia do Norte, China, Vietname - e acho que pouco mais):

E-mail a circular entre os professores (reproduzido da caixa de comentários deste post):

    «Dar à Sra. Ministra um pouco do seu veneno...

    Colegas,

    A está a pôr à prova a nossa união. Como devem saber, já começámos a receber as indicações para utilizar a aplicação informática on-line para mandar os objectivos individuais.

    Eu sou amigo de um dos engenheiros informáticos que criaram esta aplicação naquela altura [Governo PSD/CDS] que houve problemas com os concursos. Lembram-se?

    Então, é assim: podemos devolver o presente envenenado à Sra. Ministra. Como?

    Simplesmente bloqueando a aplicação. E para isso basta introduzir três vezes a password de forma errada. Se todos o fizermos, o ME fica com um problema: 140 000 aplicações bloqueadas. Bloqueadas para a avaliação, para os concursos, para tudo... Para melhorar a situação, os engenheiros informáticos que criaram a aplicação já não trabalham para o ME.

    No meu agrupamento, vamos fazê-lo todos juntos. Vamos ligar um computador à net no bar e um por um, com os outros como testemunhas, vamos bloquear a nossa aplicação.

    Passem este esta informação, via e-mail e, se entenderem fazê-lo, melhor. Vamos dar à Sra. Ministra um pouco do seu veneno.

    Continuemos unidos e ninguém nos vencerá. Vamos vencer a ditadura.

Via Câmara Corporativa

Aquilo que denuncia o grau mais baixo de cidadania e a orientação política da besta que se lembrou disto é aquela singela palavra "ditadura"; é o sentimento de sempre dos militantes do PCP que nunca conseguiram digerir bem que o Povo - por quem eles abusivamente tanto procuram "representar" nos seus vómitos panfletários - se defecou em grande para cima deles em praticamente todas as eleições LIVRES e DEMOCRÁTICAS realizadas desde o 25 de Abril.

Estas alimárias, que até há demasiado pouco tempo pregavam entre as suas paredes de chumbo a revolta armada, dão-se mal com a verdadeira liberdade de expressão e escolha, sempre se deram e a História é prova disso mesmo. São maralha de autoritarismo estalinista, que sonham em poder mandar para passar a pelotão de fuzilamento todos e quaisquer que contra eles opinem ou se sintam - isto é a verdade, doa a quem doer, que move estes facínoras, mas os facínora que controlam o aparelho do partido.

A gentalha das bases (filiados e simples apoiantes) é composta por néscios, broncos e boçais de tendencia mais Anarquista do que outra coisa qualquer, idiologia e sentimento (ethos) atempadamente sequestrados e recauchutados (aí nos inícios do século XX) para a produção de um exército fanatizado e acéfalo, especialmente na europa mais latina e austral; tem a haver um pouco com o Espírito das gentes destas paragens.

E como a História também nos ensina, sempre que algum destes Anarcas Raptados se apercebe da patranha, é prontamente eliminado das hostes e até as suas fotos são apagadas, num claro e infantil acto de negação.

O PCP anda acirrado... já quase que antevê a imposição da sua Democracia de Partido e Opinioes únicas (o que não irá acontecer é certo)... e os senhores professores provam serem ainda mais estúpidos do que o têm demonstrado ao se deixarem manipular por gente tão escusa e que não tão secretamente como isso os despreza (sendo que se conseguissem levar avante os seus intentos, iriam começar por purgar exactamente a maioria dos docentes deste país).

Um Put@ Concertão!

Nem sei bem porquê, postei para aqui tanto dislate que, estupidamente, me esqueci de referir o concerto que fui ver no sábado passado, no mui excelente Porto Rio (The boat of rock'n'roll and electronic underground).

Brant Bjork and the Bros

Com a primeira parte a cargo de uma excelente surpresa que foram os "Black Bombaim", uns putos que rockam pra carago a que se seguiram uns menos inspirados "Marbles"

Organizado pela Cooperativa do Otários, um colectivo de "carolas" unidos pela música e pelo estilo de vida, foi um dos melhores concertos que vi este ano!

Fica aqui uma amostrinha dos senhores no local e dia em questão...

Revolution, compadre!

Eu não acho que seja inteiramente só de mim

Mas hoje parece-me tudo (leia-se todos) muito agitado, implicante ou simplesmente barulhento. Sim eu sei, sou um "personagem" quezilento, um pouco paranóico e imensamente neurótico. Sei isto tudo há já muitos anos, prontos, alguns, não tantos assim como isso, são mais de dois, daí a autoridade para usar o plural.

É um facto que às sextas-feiras aquela parte da mole que não labora oa fim de semana, se mostra mais ansiosa na expectativa do dito e,paradoxalmente, mais relaxada nos seu objectivos profissionais.
Ora aqui é que está o problema, a par da derrota da selecção nacional nas terras de Vera Cruz (um cliché de vez em quando fica bem), o caso BPN e o camandro dos professores que se recusam a serem avaliados, o que origina discussões acaloradas e comum nível sonoro não despiciente, que incomoda.

E a propósito dos lentes deste país, eu bem sabia que a questão do "modelo" era absolutamente falsa, aliás o facínora da foto posta ali mais abaixo só engana os néscios, os ignaros e os broncos no que é apoiado pelos calaceiros/madrassos/manguelas e pelos incompetentes (que serão a maioria a meu ver, não quero acreditar - e pela experiência pessoal - que haja assim tantos docentes néscios e broncos, é antes uma classe mais preenchida por erros de casting dramáticos de uma falta de vocação e inabilidade homéricas no que ao transmitir Conhecimento se trata e uma imensa legião de Ociosos de carreira que sonharam com um Shangri-La profissional ).
Os alunos nisto tudo são, como sempre foram, peões sacrificáveis neste jogo de Interesses - sempre senti que uma boa parte dos que ensinam o fazem por sede de vingança contra a sua própria infância e adolescência miseráveis (do inglês misery, atenção).

Por outro lado os alunos não são inocentes - aliás a Inocência, a para do conceito de Amor Romântico são conceitos inventados por gente de espírito balofo e sensaborão, porém com boa capacidade de oratória e escrita e acervo material suficiente para deixar publicada as suas congeminações.
Mas aos alunos, a vida irá encarregar-se de lhes mostrar como é e de modo subtil, explicar-lhe que isto anda tudo ligado e que todas as acções têm efeitos e reacções - Karma, Tao, chamem-lhe o que quiserem; eu, que sou das engenharias, acho que são os princípios básicos do funcionamento do Tudo que regulam isto desta maneira a atingir estados de equilíbrio e que a Termodinâmica vai muito para além do retrato dos sistemas energéticos.

E agora uma música repescada do baú das memórias não tão antigas assim como isso

Uma versão do caraças, um vídeo do C@r@lhã0!

Waaaaaaaaaaaaaaaay to easy

Name That Element

Assim de repente lembrei-me

Deste filme absolutamente delicioso (e uma portentosa banda sonora):

No outro dia (re)ouvi isto...



E apercebi-me que já passaram quase 20 anos desde a primeira vez que a escutei

Retrato de um Facínora














Talvez lhe fizesse bem trabalhar a sério, ao menos uma semanita que fosse.

Felicidade

Apenas um bocadinho dela, para mim que sou um cínico e todos os demais defeitos que agora não me lembro: Ver os futeboleiros phudidus logo pela manhã.


Misery LOVES company

THE UNIVERSE:

4. Population
It is known that there are an infinite number of worlds, simply because there is an infinite amount of space for them. However, not every one of them is inhabited. Therefore, there must be a finite number of inhabited worlds. Any finite number divided by infinity is as near to nothing as makes no odds, so the average population of all the planets in the Universe can be said to be zero. From this it follows that the population of the whole Universe is also zero, and that any people you may meet from time to time are merely the products of a deranged imagination.

--The Hitchhiker's Guide to the Galaxy


Constatação II

Acabo de constatar, ao ler ali o "Last Breath", que também eu sofro do "Efeito Bradley", devidamente adaptado à minha realidade.

Também a mim me acham muita piada, que sou assim tipo muito fixe e tudo e sei lá o que mais, que sou mesmo, mesmo o que uma mulher pode esperar, mas na hora da Verdade, quando conta, nenhuma quer nada comigo...

Adenda: a próxima que me chamar assim "tipo irmão" vai contusa para as urgências (e sim, tanto dá bater em gajas como em gajos, a minha mãe educou-me no conceito de igualdade dos géneros).

... e para serenar um pouco

ou acalmar "os nervos" (eu sofro munto deles), toca de ouvir uma coisa que já não houvia há uns largos tempos:



Há dias assim

Estava bem era em casa, espraiado no sofá, a ler um livro que anda meio esquecido, acompanhado por um chá forte.
Não me apetece estar aqui, estou sem inspiração para escrever mais um relatório a ter que dizer o mesmo do anterior mas por outras palavras, para não parecer mal e dar ao cliente a ilusão de que a chafarrica que gere não é assim tão podre quanto verdadeiramente é.

Farto-me de falar/escrever para ignaros - orgulhosos e ingénuos do seu "status" - para bandalhos sem redenção possível e para gente quiçá ainda mais desmotivada do que eu.

    <inserir suspiro profundo>

Compensa o facto de o trabalho não ser pesado, o horário ser bom e o ambiente de trabalho ser afável e "livre" - uma boa entidade patronal, diga-se - passe o ligeiro excesso de mulherame que consegue, por vezes, desesperar o mais pacífico e domado dos "machos".

Mas a minha diatribe hoje não as visa a elas mas a mim, à minha falta de vontade de escrever um relatório que vai directamente para o arquivo sem que alguém (cliente) lhe passe a vista em cima - com alguma sorte não vai parar ao caixote do lixo, já aconteceu antes...

Sinto-me um tanto desperdiçado, cum caraças, camandro, carago e a outra interjeição começada por C e que rima com o nome de uma planta hortense da família das liliáceas.

Mas enfim, vou, no curto prazo, fazer alguma coisa acerca disto!