To sleep, parchance to dream...

Estou cansado, saturado da maioria das pessoas que estão aqui à minha volta.
Sinto-me resvalar para estados de espírito menos consentâneos com as normas de comportamento socialmente aceites.
E também, como é costume por esta altura, sinto-me a ficar ligeiramente mais psicótico e um nadinha homicida virtual.
Decido-me pelo olhar vazio e indiferente, pela expressão oral estritamente necessária, emocional e quantitativamente contida e sempre que possível críptica, hermética.
Procuro refugiar-me no meu "universo pessoal", no meu "lugar de força" mas falha-me saber onde se situa.
Por isso não tomo ópio nem outro paliativo à laia de remédio. Até porque não se arranja com facilidade e depois é assim uma cena degradante e tal e eu sou demasiado orgulhoso e auto-consciente (ou lá como se diz em Português "self-conscious") para enveredar por esse caminho da Perdição específico.
Já do Caminho da Perdição mais temido pela família Abraâmica, não tenho retorno possível, só me faltam é Gajas.

Hoje o fim do dia perfeito envolveria uma ou duas mulheres de capa de FHM/MaxMen -  mas com menos roupas - sushi, sake gelado, um jacuzzi e pelo menos uma felação feita pela(s) citada(s), antes do proverbial  xi-xi / cama.

Somewhere over the rainbow....

Cyanide and Happiness, a daily webcomic
Cyanide & Happiness @ Explosm.net

My New Hero

Pré temporada de férias

Estão assim quase tão próximas que até lhes sinto o sabor.
E no entanto, estão tão longe que cada dia que passar até lá vai arrastar-se como se estivera preso no meuo de um engarrafamento californiano a meio de uma tarde de tórrida num carro se ar condicionado.

Nem Vontade nem Tédio, apenas uma pouco mais do que insidiosa e lenta desesperação até ao dia F.

Nojo, Asco, Abjecção

Isto que fizeram a'O Jumento, sem dúvida um dos melhores blogues portugueses:


















Um ataque biltre e soez, próprio dos cobardes torpes a quem lhes sempre faltou a capacidade de expressão, justificação para uma resposta ou "contra-ataque" (como queiram) e lhes sobraram barretes enfiados em demasia.
Disse.

Uma constatação e uma reflexão de teor repetido sobre o Escritório como microcosmos representativo do povo Português.

Estou a precisar urgentemente de férias, estou no limiar da rejeição física relativamente a 2/3 dos meus "fellow co-workers".
O caudal de barbaridades debitadas nas conversas de escritório atinge, por esta altura, níveis intoleráveis e hoje não é excepção.
Debitam-se sentenças e afirmações absolutamente carecidas de fundamento, prenhes de preconceitos arreigados na mais abjecta ignorância do Mundo e de ideias-feitas tomadas emprestadas às "vox populi" mais comuns e como tal idiotas, inanes e boçais, ou formuladas pela leitura apressada das parangonas da imprensa escrita e da escuta leviana dos "soundbytes" irresponsáveis debitados em catadupa pelas televisões e como tal absolutamente despojadas de qualquer tipo de bom-senso, sustentação ou credibilidade.

Irrita-me e indispõe-me esta menos que mediocridade atrevida e orgulhosa.

O Anel de Noivado - Trio Odemira

A igreja estava toda iluminada,
Muita gente convidada,
Eu também fui para ver.
Ninguém sabe a tristeza que sentia
Porque mesmo nesse dia
Casava a mulher amada.
Ela chegou acompanhada do padrinho
que a levava ao seu destino,
O que eu nunca imaginei.
E por momentos tive toda a ilusão
Que o seu anel de noivado
Já perdera o coração.

À saida da igreja iluminada
Ela estava já casada,
A mulher que eu adorei.
Entre vivas de parentes e amigos
Acerquei-me a desejar-lhe
"Que sejas sempre feliz!".
E aconteceu que ela nem sequer pensara
Encontrar-me cara a cara
E não soube o que dizer.
E foi chorando assim
Inundada no seu pranto.
O seu vestido vai molhando
Ao chorar de amor por mim.



Em primeiro lugar quero aqui agradecer à minha irmã por me ter enviado a letra desta música, Obrigado maninha!
E porquê?
Porque pura e simplesmente é um dos "hinos" inultrapassáveis da música popular portuguesa.
Para mim mais do que os inefáveis "dois amores" do Marco Paulo - demasiado comercial no meu entender.
Mais ainda do que o fenomenal "Recordar é Viver" do Vitor Espadinha!

Esta, meus caros, é a Mãe de todas asmúsicas Pimba! A Origem de que falam as lendas antigas - e não a sua filha bastarda engendrada pelo Emanuel.
Reverância, portanto, o respeito é exigido!

Gostar de Pretos, Brancos, Mulatos e tudo o que está pelo meio ou WaWa WaWaba

Ontem vi pela primeira vez os pais do "Kuduro Progressivo"os Buraka Som Sistema.
Kuduro, funk carioca, hip-hop, samba, turntabalism e tudo!
Grande festança, ritmos que impedem de se ficar parado e apático, simpatia e entrosamento com o público.
Se ainda se desse o caso de eu duvidar da pujança das "novas" e "velhas" músicas que por cá se fazem, ontem à noite teria dissipado todas as minhas incertezas.

Música para um pôr-do-sol de Verão

Ou para iniciar bem mais um dia, a caminho de mais uma etapa da "Meaningless Rat Race":

ARIZONA


pelos Kings of Leon
(álbum "Because Of The Times")

Tipos Escusados, Nova Edição













"Moeda" de muito pouca confiança...
Já repararam como o Photoshop faz milagres?
Dentes dignos de estrela de Hollywood, uns anitos a menos e ar simpático, ligeiramente paternalista mas sem deixar de ser austero...
Faz lembrar este, quando em novo:



Mais uma segunda-feira

Mais um dia que promete ser entorpecido, dormente...
Não que falte o que fazer, antes pelo contrário.
Mas a Vontade é cada vez menos, a monotonia alimenta o Tédio e instala-se o Enfado.

Para combater este estado de coisas, um antídoto:


Tenho um nó na cabeça

Foi-me feito por exposição continuada de gajedo a discutir sobre como tentar fazer um "croquis" de um itinerário que já fizeram centenas de vezes.
Aparentemente não sabem dar com o sítio se tiverem de dizer como se vai para lá...
No fundo navegam à vista e  toda e qualquer placa de sinalização é uma mera decoração festiva.
E aqui há uma ironia que não vou dizer qual é porque daria demasiado trabalho e eu estou preguiçoso.

Isto (ver abaixo) é muito BOM

Constatação

É impressionante a quantidade de "Crentes" Cristãos que acreditam piamente numa das mais prevalecentes religiões/tradições "pagãs", a Astrologia.
E já agora também acreditam em Deuses "menores" que são os Santos - o Catolicismo parece-me envergonhadamente politeísta - e em seres fantásticos, herdados directamente das religiões mesopotâmicas mais antigas, que são os anjos.
Mas no fundo um "crente" é isso mesmo, acredita em qualquer coisa que lhe seja dita de modo convicto por alguém que envergue vestes e/ou realize rituais "herméticos" e ainda mais no que vier escrito em livros bem encadernados e de folhas finas de qualidade inferior (e se cheirarem a mofo melhor ainda).

Tentar começar a semana mais bem disposto

Levantar-me de manhã e tentar honestamente não culpar o Mundo e o Universo por eu estar a acordar.
Enfrentar a "rat race" com um sorriso nos lábios mesmo quando se vociferam idiotices, inanidades e afirmações mal fundamentadas.
Ir almoçar com os amigos e aproveitar o bom tempo para andar a pé.
Ouvir algo divertido e sem grande "carga" como os (The) Specials.
E trabalhar produtivamente.

?

Sinto em mim um imenso conjunto de interrogações às quais ando a procurar dar resposta...
Mesmo sabendo que para algumas ela nunca existirá...

Quer-me parecer que estou a precisar de férias

Mas, alas, ainda falta um mês e meio e muito trabalho pela frente.
Estou farto de aturar esta gente, quase toda a gente... inclusive estou farto de me aturar a mim!
Sinto-me estafado, esgotado. Sem ânimo, sem vontade, sem motivação...
OK, não é de agora, mas piorou.

Tenho saudades do Futuro.
É mesmo isso, saudades do Futuro. Com éfe maiúsculo.
Aquele Futuro brilhante e prazeirento que se via na futurologia.
Onde os computadores eram a solução mágica que nos libertaria dos fardos mais pesados do trabalho e da burocracia (entrem as gargalhadas).
O Futuro onde quase todos eram educados, iluminados e plenamente conscientes do seu self e da sua interacção com os outros e o Resto.
Tenho saudades do Futuro da Utopia, mesmo que tivesse de usar roupas esquisitas e adereços metálicos de gosto duvidoso e andar como se tivesse uma cruzetas nas costas e usasse um qualquer aparelho ortopédico.
Quero saber o que foi feito dos tempos de lazer alargados, do regresso ao Fórum e ao debate das Ideias.
Quero ir de férias para uma das colónias termais lunares e subir ao Monte Olimpo de Marte.

2008 e tudo permanece na mesma. A plutocracia ganhou o freio nos dentes e os canalhas perderam a vergonha na cara.
Trabalhamos cada vez mais por cada vez menos e com cada vez menos significado.
O que mais há são pessoas e como tal é fácil arranjá-las em qualquer sítio, em abundância, somo baratos, a oferta suprime demasiado bem a demanda.
Somos milhares de milhões de ovelhas mansas no pastos, absortas, e profundamente cobardes.
Os media quando não vomitam inanidades vociferam ao rebanho: "Medo! Tenham Medo! Muito Medo! Disto e daquilo e ainda daqueloutro!"

Admirável Mundo Novo, Metrópolis, Distopia, Porra!
Estou a precisar de férias ou de encetar uma carnificina terapêutica.