Sinto falta de ti, da tua aura e disposição,
De partilhar contigo pensamentos inconsequentes
E de discutir as soluções para a vida e tudo o resto.
Sinto saudades da tua presença perto de mim
Do teu andar e do teu charme natural.
Sinto falta das tuas cores espalhadas pelos papéis,
Da tua prosa, em jeito poético, escrita num caderno.
Sinto a falta de te sentir, ali, antes mesmo de chegares
E dos momentos fugazes de alegria infantil,
Como que a revisitar a infância há muito esquecida.
Tenho saudades do teu mistério e silêncios,
E de tentar descortinar-te através da tua barreira,
Aquela que nunca tentei atravessar, receoso,
Com medo que fugisses assustada e zangada comigo…
Acabaste por fugir e te afastar de mim, ou de todos, não sei,
Apesar de todos os meus cuidados,
Apesar de todo o meu fascínio por ti,
Apesar de te estender a mão e o todo
Na esperança que a agarrasses e nunca mais a largasses.
Tolo, enamorei-me de ti, nómada dos afectos,
Sempre seguindo, nunca te demorando num único alguém,
Perseguindo sonhos, quimeras e fogos-fátuos,
Respondendo sempre ao apelo implacável da tua natureza.
(circa 2004 e sim, tive a "mania" de me achar poeta)
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