Muito, muito bom, straight to the point. Leiam aqui ou cliquem no título para lerem a publicação original no seu blogue o Certamente!
Não me surpreende que o que antes conhecíamos por classe política esteja em mudança. O que se passa no PSD é o resultado de uma evidência. Ou talvez duas.
“Luís Filipe Menezes, António Capucho e Marques Mendes recusaram integrar as listas do PSD às legislativas de 5 de Junho. Juntam-se assim a Manuela Ferreira Leite, que, na semana passada, também rejeitou o convite para ser candidata a deputada” (Figuras de peso recusam integrar listas do PSD, notícia na Rádio Renascença).
À luz do que já escrevi antes a propósito de Fernando Nobre no PSD, admito que o êxodo se deva, também, às questões partidárias. As fações rivais de Passos não estão nada satisfeitas com o rumo dos acontecimentos e, sobretudo, com o perfil público do candidato do partido a PM.
Mas Passos é razão insuficiente.
Devemos procurar as razões básicas. A verdade é esta: quem hoje vai para cargos públicos diz adeus às regalias. Acumular pensões foi proibido. O salário é diminuto. As prebendas diminuíram. Já se chegou ao caricato dos titulares de cargos públicos terem de pagar do seu bolso viagens de trabalho.
Não há o mínimo incentivo ou aliciante. Ou se é um monge dedicado à causa (espécies raríssimas, ensina o passado). Ou se é um arrivista com segundas e, quem sabe, terceiras intenções. Ou — vista a forma desproporcionada como os media hoje tratam quem governa — se é um desperado. Ou outras coisas, nenhuma delas a encaixar no que fez regra ao longo do apogeu da democracia representativa.
A gestão do que a res publica for nos próximos tempos será feita por figuras de segundo plano. É a alternativa. O amadorismo de que alguns (como Andrew Keen) se queixam que a Internet trouxe, não é afinal um problema específico da net.
Não sei antever se isso será mau. Ou bom. É demasiado cedo para adivinhar consequências. Ainda nem a tendência está bem definida, quanto mais… E mesmo na net, em que já há registos para avaliar, não temos conclusões sobre os malefícios e benefícios dessa “invasão do chinelo”.
“Luís Filipe Menezes, António Capucho e Marques Mendes recusaram integrar as listas do PSD às legislativas de 5 de Junho. Juntam-se assim a Manuela Ferreira Leite, que, na semana passada, também rejeitou o convite para ser candidata a deputada” (Figuras de peso recusam integrar listas do PSD, notícia na Rádio Renascença).
À luz do que já escrevi antes a propósito de Fernando Nobre no PSD, admito que o êxodo se deva, também, às questões partidárias. As fações rivais de Passos não estão nada satisfeitas com o rumo dos acontecimentos e, sobretudo, com o perfil público do candidato do partido a PM.
Mas Passos é razão insuficiente.
Devemos procurar as razões básicas. A verdade é esta: quem hoje vai para cargos públicos diz adeus às regalias. Acumular pensões foi proibido. O salário é diminuto. As prebendas diminuíram. Já se chegou ao caricato dos titulares de cargos públicos terem de pagar do seu bolso viagens de trabalho.
Não há o mínimo incentivo ou aliciante. Ou se é um monge dedicado à causa (espécies raríssimas, ensina o passado). Ou se é um arrivista com segundas e, quem sabe, terceiras intenções. Ou — vista a forma desproporcionada como os media hoje tratam quem governa — se é um desperado. Ou outras coisas, nenhuma delas a encaixar no que fez regra ao longo do apogeu da democracia representativa.
A gestão do que a res publica for nos próximos tempos será feita por figuras de segundo plano. É a alternativa. O amadorismo de que alguns (como Andrew Keen) se queixam que a Internet trouxe, não é afinal um problema específico da net.
Não sei antever se isso será mau. Ou bom. É demasiado cedo para adivinhar consequências. Ainda nem a tendência está bem definida, quanto mais… E mesmo na net, em que já há registos para avaliar, não temos conclusões sobre os malefícios e benefícios dessa “invasão do chinelo”.
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