Irritações Reloaded

Não gosto de ter calor. Detesto o calor, as temperaturas acima dos 27ºC e com a humidade acima dos 70% e também não gosto das Culturas nascidas de tais condições climatéricas.
Não gosto da estupidez humana e da ignorância atrevida e da falta de civismo e de educação e de bom senso e da resistência estóica a estes demonstrada pelas das pessoas enquanto “povo”. Não gosto da futilidade e da coscuvilhice e do fascínio pela vida alheia
Não gosto da maioria dos Jornalistas que são um concentrado refinado da linha anterior e da falta de imparcialidade jornalística de um grupelho de personagens pespinetas agarradas à coca e ao álcool que nem escrever sabem e que não passam de uma bela cáfila de ignaros.
Não gosto da maioria dos advogados dos economistas e “marketeers” e gurus da gestão e o raio que os parta; são parecidos com os jornalistas.
Não gosto da “Imprensa” desportiva, do 24 horas, do Sol, do Expresso e das revistas “cor-de-rosa”, do Correio da Manhã e desprezo todos os seus leitores, cambada de grunhos acéfalos sem pensamento crítico. E gosto cada vez menos do Público.
Não gosto de futebol e da raça abominável dos futeboleiros, seres execráveis, sub-humanos, apenas dignos de viver em regime de semi-escravidão, prestando os serviços mais básicos e abjectos a troco de abrigo, comida e bola ao fim de semana.
E dentro dos anteriores estão os Gajos de boné no cocuruto e brinco de "ouro" falso que nem para trabalhar servem porque não gostam que não têm nenhuma utilidade social. Deveriam ir pura e simplesmente servir de combustível de incineradora ou de bestas de carga e pernoitar em estábulos.
Também não gosto de jogadores de futebol, bando de primatas sobrevalorizados, prova cabal que a Evolução nem sempre “caminha para a frente”.
Não gosto da actual Televisão portuguesa com as suas execráveis Novelas intermináveis e noticiários bombástico-sensacionalistas que alimentam as audiências e a acefalia “popular” com o Medo e o Pânico e o Alvoroço e mais a Desinformação ao serviço de interesses obscuros e ainda mais os Morangos com Merda e Rebuçados e Batatas às Rodelas e os concursos enfadonhos apresentados por gente sem brilho coberta de purpurinas e cores ao som de músicas estafadas onde marionetas estúpidas se prostituem por 12 minutos de fama.
Não gosto do Algarve, do turismo “Resortiano” dos Spas e Hotéis temáticos e das atracções plásticas e dos destinos da moda cheios de gente plástica e ignorante e boçal e prepotente a tresandar a suor, protector solar e preconceito.
Não gosto das Religiões, organizadas ou desorganizadas, nem dos seus Dogmas e Cânones e Leis e Livros e mais O Raio Que As Parta. São, sempre foram e infelizmente sempre serão, apenas sistemas espúrios de exploração do “próximo através do da manipulação do medo, da ignorância e da superstição. Nunca trouxeram nada de bom, apenas intolerância, miséria, pobreza e conflito. Não há nada para além do que vemos aqui e agora, nunca houve nada para além do que vemos aqui e agora, nem haverá mais nada para além do que vemos aqui e agora. E quem quiser que remoa as considerações filosóficas desta última frase à luz de um qualquer filósofo grego ou indiano, perdidos no tempo.
Não gosto de multidões em centros comerciais e espaços públicos aos fins de semana cheias de criancinhas ululantes e frenéticas, muito engraçadinhas e “espertas”, “fantásticas” e “fabulosas” e dos seus progenitores ufanos e orgulhosos e absolutamente irresponsáveis que tudo lhes dão e nada lhes negam e que qualquer gracinha que os petizes engendram é motivo de regozijo ou quando muito de indulgência; “são crianças!” e tudo fica bem, nem que o facínora esteja a incendiar um animal pequeno ou a arrancar os olhos a um coleguinha. Estão a criar adolescentes mal-educados, hedonistas que não sabem aceitar um “não” como resposta ao seus devaneios e desejos, criminosos em potencial. Mais vale é acabar com elas já, antes que causem mais danos e de caminho tirar do “pool” genético os paizinhos deles também.
Não gosto de pseudo intelectuais elitistas à esquerda e à direita que falam, falam mas que não os vejo nem a fazer nada nem sequer a propor o que quer que seja como alternativa. Cambada de teóricos da treta, cáfila de poetas ociosos, o que nos havia de calhar na rifa cósmica. Portugal, país de Poetas. Falha a luz e amaldiçoamos a escuridão (e é exactamente o que eu estou a fazer, eu sou muito auto-consciente). Não somos um país de Navegadores e muito menos de empreendedores. Esses foram expulsos ou mortos pelos fanáticos da Cruz e das hóstias, liderados por uma trupe de degenerados incestuosos corroídos pela inveja dos que eram brilhantes e visionários. Os que sobreviveram foram para a Flandres e para a Inglaterra e para outras partidas do mundo e hoje é o que se vê lá e aqui.
Os Degenerados da Cruz por cá reinaram mandaram mais um séculos e o resultado é um poveco pífio e desconfiado que, tão tolhido pela invejite que tudo teima em nivelar pela mediocridade e é proficiente e dizer mal e deitar abaixo. Um poveco que exalta a xico-espertice e a esperteza saloia e o passar a perna aos outros.
Não gosto da invejite nacional, atávica, improdutiva, destrutiva. Da falta de profissionalismo generalizada e da incompetência acrescida dos funcionários públicos (é verdade, vão-se catar).  
Não gosto da falta de civismo colectivo dos portugueses que cospem e atiram com tudo que é papel e “picas de cigarro” para o chão e despejam o cinzeiro do carro onde calha e incomodam os vizinhos com música e a televisão em altos berros até meio da madrugada.
Não gosto que me invadam a privacidade;

1 comentário:

Jp disse...

Eu ia aplaudir, mas um silêncio respeitoso acho que lhe faz um pouco mais de justiça...

Que se foda.

PUBLICA-ME ESTE TEXTO!!!

Se não fosse preguiçoso, escrevia algo assim (ah, e se tivesse talento)...