E o tempo é de indignação, legítima. Embora de um certo modo "fashion"
Muitos dos que se mostram indignados - justamente faço notar - com o que se passa no Tibete desde há tantos anos, calam-se ou assobiam para o lado com o que se passa no Darfur, por exemplo, ou na Turquia com os Curdos, ou até com os Karen na Birmânia... e com mais uns tantos outros um pouco por todo o mundo.
Às vezes penso que é por não serem povos "fashionable", seja porque as religiões deles não conseguiram fascinar os "ocidentais" entediados, ou porque dadas as suas enormes carências económicas e grande dureza de vida são pessoas "feias" ou seja lá porque razão for...
Ainda assim, associo-me ao protesto contra a hipocrisia algo generalizada que os J.O.'s se tornaram, a todos os níveis (mas isso é assunto para outros posts, caso me apeteça) e contra a bacoca tentativa de encobrimento e de lavagem de imagem de um povo e uma cultura tão bacocos e decadentes quanto a sua antiguidade...
2 comentários:
Há quem argumente que o Tibete sempre foi chinês, que o território se desenvolveu (a que preço?), que os tibetanos são ingratos...
Talvez, mas se um povo deseja ser independente, ninguém tem nada a ver com isso!
Olhem para o Kosovo! Não concordei mas aceitei...
Pá... a geo-política é algo tão complicado e sinuoso, onde nada é o que que parece ser que qualquer análise destas resulta em simplista e completamente errada.
Se o Tibete não tivesse recursos (essencialmente minerais) importantes a China não quereria saber daquele "cú de judas" para nada, tal como não quis saber do Nepal ou do Butão, que são sítios que não interessam nem ao menino jesus, literalmente, caso contrário aquilo lá estava pejado de missões e igrejas.
É preciso também ver que havia um Tibete independente e uma província chinesa do Tibete.
As desculpas e argumentos para uma invasão arranjam-se sempre na história se olharmos longe no tempo o suficiente (eventualmente não demais).
Depois interessa à china "fazer" fronteira com a India, a sua grande riva e verdadeira ameaça ao seu plano hegemónico da Ásia.
Enviar um comentário