Esta música é daquelas que arrepia, deixa um nó na garganta e deixa um gosto agridoce na boca

E o pior é que quase todos nós temos alguém a quem a dedicar, alguém a quem ela se ajusta como uma luva...

"Black", by Pear Jam
Sheets of empty canvas, untouched sheets of clay
Were laid spread out before me as her body once did.
All five horizons revolved around her soul
As the earth to the sun
Now the air I tasted and breathed has taken a turn
Ooh, and all I taught her was everything
Ooh, I know she gave me all that she wore
And now my bitter hands chafe beneath the clouds
Of what was everything.
Oh, the pictures have all been washed in black, tattooed everything...
I take a walk outside
I'm surrounded by some kids at play
I can feel their laughter, so why do I sear?
Oh, and twisted thoughts that spin round my head
I'm spinning, oh, I'm spinning
How quick the sun can drop away
And now my bitter hands cradle broken glass
Of what was everything?
All the pictures have all been washed in black, tattooed everything...
All the love gone bad turned my world to black
Tattooed all I see, all that I am, all I'll be... yeah...
Uh huh... uh huh... ooh...
I know someday you'll have a beautiful life,
I know you'll be a sun in somebody else's sky, but why
Why, why can't it be, why can't it be mine
Aah... uuh..
Too doo doo too, too doo doo

Anos 80 - Uma semi-repostagem em versão revista e aumentada

"Planet Earth"
Only came outside to watch the nightfall with the rain
I heard you making patterns rhyme
Like some new romantic looking for the TV sound
You'll see I'm right some other time
Look now, look all around, there's no sign of life
Voices, another sound, can you hear me now?
This is planet earth; you're looking at planet earth
Bop bop bop bop bop bop bop bop this is planet earth
My head is stuck on something precious
Let me know if you're coming down to land
Is there anybody out there trying to get through?
My eyes are so cloudy I can't see you
Look now, look all around, there's no sign of life
Voices, another sound, can you hear me now?
Is is planet earth, you're looking at planet earth
Bop bop bop bop bop bop bop bop
This is planet earth
Bop bop bop bop bop bop bop bop
This calling planet earth
Bop bop bop bop bop bop bop bop
This looking at planet earth
Bop bop bop bop bop bop bop bop
This is planet earth


DuranDuran... Um dos expoentes dos Anos 80.
Futilidade, "mullets" e palas que desafiavam a lei da gravidade, tinta fluorescente e cores berrantes, chumaços e adereços espalhafatosos, noites brancas, cocaína e heroína a rodos, dependendo dos lados do atlântico.
A fábrica Stock, Aitken & Waterman a vomitar hits sem parar, o Rap antes de ser Hip Hop, air-metal que era apenas heavy-metal ou hard-rock consoante o número e o tamanho do solos de guitarra.
Decadência moral generalizada e o suposto optimismo - absolutamente hipócrita, absolutamente falso – emanado dos “States” com a sua ultra-violência urbana.
O medo da Bomba, as tragédias contínuas da brutalidade dos regimes da América Latina e dos que ses lhes opunham, a guerra Irão-Iraque, ainda o terrorismo (não é invenção de 2001) e os desvios quase semanais de aviões para Israel ou para o Líbano, onde em Beirute, cidade esquizofrénica, se trabalhava de dia e combatia depois de jantar antes de ir dormir.
A União Soviética a boicotar os olímpicos de LA em represália ao boicote americano dos Olímpicos de Moscovo quatro anos antes.
A crise económica e a inflação acima dos 30%, a AD e a FSR e a APU e as miriades de coligações das centenas de partidos num Portugal a amadurecer a Democracia.

Talvez seja repostagem, talvez não seja, não me lembro

Mas c@r@lh0s me reph0d@m se esta não é uma das melhores músicas de sempre
(Versão Jeff Buckley, letra do grande Leonard Cohen)

Hallelujah

Now, I've heard there was a secret chord
That David played, and it pleased the Lord
But you don't really care for music, do ya?
It goes like this: the fourth, the fifth
The minor fall, the major lift
The baffled king composing hallelujah

Hallelujah, hallelujah
Hallelujah, hallelujah

Your faith was strong but you needed proof
You saw her bathing on the roof
Her beauty and the moonlight overthrew ya
She tied you to her kitchen chair
She broke your throne, and she cut your hair
And from your lips she drew the hallelujah

Hallelujah, hallelujah
Hallelujah, hallelujah


Well baby, I’ve been here before
I’ve seen this room and I’ve walked this floor
You know, I used to live alone before I knew ya
And I’ve seen your flag on the marble arch
And love is not a victory march
It’s a cold and it’s a broken hallelujah

Hallelujah, hallelujah
Hallelujah, hallelujah


Well, there was a time when you let me know
What’s really going on below
But now you never show that to me, do ya?
But remember when I moved in you
And the holy dove was moving too
And every breath we drew was hallelujah

Hallelujah, hallelujah
Hallelujah, hallelujah


Maybe there is a God above
But all I’ve ever learned from love
Was how to shoot somebody who outdrew ya
And it’s not a cry that you hear at night
It’s not somebody who’s seen the light
It’s a cold and it’s a broken hallelujah

Hallelujah, hallelujah
Hallelujah, hallelujah


Hallelujah ... hallelujah.

Ode singela à Loucura (ou eu acho-me mesmo uma maravilha)

Fascinam-me os Loucos e todos aqueles que ousaram tentar ser maiores do que a vida, maiores do que as expectativas do mundo.
Encantam-me os caídos em desgraça e os proscritos, os malditos e os que pereceram no caminho  buscando  o Infinito e o Todo.
Encantam-me aqueles que sem medo abriram os braços e sem medo enfrentaram Ogres, Adamastores e Magos, os Guardiães do Estado das Coisas e ainda os Velhos do Restelo.
Anjos caídos, todos eles, não por vaidade e soberba, mas por sede e fome de Vida. Anjos do apocalipse do Comodismo e da Mesquinhez, carrascos do marasmo, do tédio e da monotonia.
Louvemos todos aqueles que ousam ser diferentes, todos aqueles que são excluídos por não serem norma. Cantemos canções de júbilo pelos danados, pelos que ardem no Inferno da Vox Populi. Oremos pelos bêbados, pelos mendigos e pelos vagabundos. E demos graças pelos inconformados e pelos curiosos

Bodisatva

Cansado das lutas e das derrotas e das glórias fugazes, levantou-se e dirigiu-se ao arquivo onde urinou para um monte de caixas poeirentas. Psicodrama encenado, definindo o desprezo que sentia pela sua história de outros tempos.
Despiu o fato regulamentar e em conjunto com a gravata e os sapatos de executivo, ateou-lhes o fogo e saiu rindo às gargalhadas, maníacas, para quase todos, libertadoras, para os menos incautos. O incêndio foi breve e rapidamente controlado pela equipa de emergência eficiente que ele próprio ajudara a criar.
Deu as chaves do seu carro ao arrumador de serviço e mais a carteira com os documentos. Sentiu-se leve e feliz. Sentiu desconhecer o que sentia, esquecido do breve momento da sua infância em que não lhe foi dito para cumprir o destino não cumprido de seus pais.
Lentamente lembrou-se do dia da sua morte, o dia em que aceitou carregar o fardo de ser quem queriam que ele fosse. Era um dia solarengo de Outubro, soalheiro. O que para o caso é irrelevante.
Chegou a casa e escreveu uma carta onde contava da sua boa-nova, a sua ressurreição, à sua mulher-esposa socialmente adequada e escolhida. Não que não gostasse dela, de um certo modo até a amava.
Certo dia de manhã, olhou para ela e viu-a morta enquanto tomava banho. Reconheceu depois, no cadáver sorridente e afável que lhe servia o pequeno-almoço, a sua própria morte. Foi nesse dia em que se resolveu ressuscitar. E dar-lhe a oportunidade de o fazer também ela. Mas Resolveu que não continuaria morto se ela assim o decidisse permanecer.
E assim foi, ela continuou morta e ele decidiu viver.
Deixou tudo para trás, apenas levou alguma roupa e começou a caminhar para onde lhe parecia certo. Nunca mais parou e ainda hoje continua a sua peregrinação pelo mundo fora. Está vivo, feliz. Ajuda outros mortos a voltar à vida.
Chamam-lhe o louco, o alienado, aquele que deitou tudo a perder. Fogem dele, a sua liberdade e paz de espírito causam-lhes incómodo.
Ele apenas sorri e continua o seu caminho.

Guerrilheiros Sonoros

Só ouvi Tinariwen o ano passado... apenas poso dizer que isto é música do C@r@lh0!!!
Podem obter mais informações no link acima.

Síndroma de stress traumático "deribado ó trabalho"

Falho de imaginação parti em busca de algumas das fundações musicais daquilo que mais gosto de ouvir e que vou referindo de quando em vez, ainda que sejam sempre referência pontuais - eu ouço mesmo muitas bandas e tipos de música.
Mas o "coração" foge-me para os lados do rock mais primário, mais "sujo" e rebelde. Para o rock mais inspirado pelo álcool, as drogas e pela vontade de abraçar o mundo e viver tudo de uma vez!
Se pesquisarem mais para trás encontram mais algumas referências basilares.
A seu tempo irei postando outras.

Continuando a viagem ao Passado Maravilhoso

Encontram-se preciosidades, como esta versão de "Red House" pelo Deus Supremo da Stratocaster, a melhor de todas jamais feitas.