Notas soltas

Sexta-feira. Típica. Estou com vontade de fazer um massacre a tiro e golpes de katana (a original, japonesa).


Aqui ao lado discutem-se os assuntos do mundo sob uma visão estreita, preconceituosa e fundamentada apenas nas crenças e em disparates maniqueístas diversos. O Conhecimento fica pelo caminho mas isso não importa; o mundo é mais fácil quando se vê apenas a preto e branco e se recusam as cores e os matizes, infinitos – a Redução ao simplismo é reconfortante, podemo-nos identificar com um dos lados, sendo o Outro indigno. Assim se explica a adesão às Religiões – das típicas e tradicionais teístas à Ciência e partidarismo político acéfalo. Sem esquecer os futebóis e semelhantes.

Penso que viveria melhor se não desprezasse tanto as mentes simples, ainda que possam ser génios, dos verdadeiros, de QI elevadíssimo.

A Sobrecarga de Informação deste dias em que vivemos dá nisto. Pouco acompanham, poucos seleccionam, poucos lidam bem com ela. Muitos alheiam-se, mais ainda se refugiam no falso sentido de segurança e propósito que a crendice a superstição proporcionam.


Deveríamos por os olhos na megalópoles actuais, elas mostram claramente o sentido em que a Sociedade vai evoluindo.

Alienação e o incrível paradoxo da solidão mais abjecta no meio dos maiores aglomerados populacionais de que há registo conhecido...

O desprezo pelos valores humanistas, o egoísmo, o medo paralisante, a ultraviolência.

A procura pelo Esquecimento; em todos nós vive um Fausto.


Houve um tempo em que a Religião era Lei e as Igrejas ditavam a Ordem do Mundo. Chamaram-lhe a Idade das Trevas

The frail edges of sanity

Hoje sinto-me a escorregar inexoravelmente para a Loucura.
A verdadeira, sem tino, nexo ou qualquer tipo de organização, obejctivo ou objecto.
Apenas um sem fim de estilhaços de ideias, sensações, emoções e desejos não cumpridos.
Assim, a revolver na minha mente como que animados por correntes de ar não concordantes, caóticas.
E aumentando em número e tamanho até à explosão final.

Preciso de dormir mais e melhor.

It's the end of the World as we know it!

Quem, candidamente, pensou que o fim do mundo seria um acontecimento social extremo, com fogo de artifício e animadores, assim como uma show do Cirque du Soleil, enganou-se.
A coisa vai ser lenta, agonizante e degradante.

Travelling mood

Everybody’s talkin’ at me
I don’t hear a word they’re sayin’
Only the echoes of my mind
People stopping, staring
I can’t see their faces
Only the shadows of their eyes
I’m going where the sun keeps shining
Through the pouring rain
Going where the weather suits my clothes
Backing off the north east wind
Sailing on a summer breeze
And skipping over the ocean like a stone
Everybody’s talking at me
I don’t hear a word they’re saying
Only the echoes of my mind
People stopping, staring
I can’t see their faces
Only the shadows of their eyes
I’m going where the sun keeps shining
Through the pouring rain
Going where the weather suits my clothes
Backing off the north east wind
Sailing on a summer breeze
And skipping over the ocean like a stone
No I won't let you leave my love behind
No I won't let you leave my love behind

"Everybody’s Talkin"

Os Portugueses

Mais uma análise apurada do Ethos Português. Aqui, n'O Jumento

Eu hoje acordei assim

Sobressaltado, uma vez mais "dormi a correr" - então a noite já acabou, ainda agora me deitei???

Acordei com a cabeça cheia, de muco e de pensamentos e de tudo e de nada.
A meada que me tem ocupado a mente voltou hoje a ensarilhar-se e ainda não lhe encontrei um fio para fazer um novo novelo.
Mas serão tantos - os fios e os respectivos novelos - que o trabalho se apresenta fastidioso.
Alas, há que vasculhar e começar.

Cansado também... como disse, tenho a cabeça cheia:
Estratégia pensada e afirmada, tomam-se Decisões.
É o tempo de delinear as Tácticas e empreender os Projectos, estes dependendo daquelas e aquelas adaptando-se ao desenlear destes.
Projectos em curso, projectos em preparação, projectos em planeamento... Vontades, Sonhos e Querer!
Preciso de algum alento mas disse alguém na antiguidade: "Tempus fugit"; e por isso não há tempo a perder, upa! Pernas ao caminho, em frente para a batalha, a refrega vai ser longa e dura. Hoje, amanhã e para sempre, até cair.

Pausa. O Sol vai-se. A luta continua amanhã. A contenda ainda não está resolvida mas os corpos precisam de sustento e de reparo.
Tempo de regressar... um vazio espera-me, cheio de artifícios que engendrei e merquei na Praça, num esforço genuíno de iludir o niilismo com que me preenchi.
A (falta de) Vontade de ver um novo dia esvai-se nos universos virtuais (alienantes) dos media clássicos ou 2.0... patético adormeço e a noite volta a acabar num de repente e recomeça o ciclo, sempre uma e outra vez.

Ao fim de semana fico quase sem saber o que fazer, para ali estirado, no Vazio. Niilista e cada vez mais perdido.

Weltschmerz

Acordo assim muitas vezes...

De um mood passageiro, de ontem

Sheets of empty canvas, untouched sheets of clay

Were laid spread out before me as her body once did.

All five horizons revolved around her soul

As the earth to the sun

Now the air I tasted and breathed has taken a turn

Ooh, and all I taught her was everything

Ooh, I know she gave me all that she wore

And now my bitter hands chafe beneath the clouds

Of what was everything.

Oh, the pictures have all been washed in black, tattooed everything...

I take a walk outside

I'm surrounded by some kids at play

I can feel their laughter, so why do I sear?

Oh, and twisted thoughts that spin round my head

I'm spinning, oh, I'm spinning

How quick the sun can drop away

And now my bitter hands cradle broken glass

Of what was everything?

All the pictures have all been washed in black, tattooed everything...

All the love gone bad turned my world to black

Tattooed all I see, all that I am, all I'll be... yeah...

Uh huh... uh huh... ooh...

I know someday you'll have a beautiful life,

I know you'll be a sun in somebody else's sky, but why

Why, why can't it be, why can't it be mine

LOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL

Genial! De chorar às Lágrimas!!!

Das mulheres portuguesas

Aqui, a constatação que há muito eu procurava pôr em palavras mais ou menos semelhantes mas para as quais me faltava a arte e inspiração.
Além do mais, é um muito bom blog, que podem "picar" ali ao lado.

Crise sazonal

Sobram-me trabalho e projectos de vida em fase inicial de execução e mais ainda em diversas fases de planeamento.
Falta-me a inspiração para me indignar com alguma coisa ou achincalhar alguém (pessoa colectiva ou singular, independentemente da sua natureza jurídica), até mesmo para a simples constatação do absurdo quotidiano (delirante).
E de igual modo ando falho de inspiração para outros arremedos sejam eles de natureza onírica ou de celebração epicurista-hedonista-onanista.
Sendo agnóstico a fugir para o ateu as considerações espirituais soarão sempre hipócritas e inanes.
E mesmo assim sobra-me o Tédio.